segunda-feira, 24 de agosto de 2015

Crescemos com os (d)anos

 Cheguei a uma altura da minha vida em que não me interessa o que os outros pensam ou não a meu respeito. Eu sou o que sou e quem não gostar que meta na borda do prato, porque eu fico bem sozinha. Antes isso que mal acompanhada.
 Cheguei a uma altura da minha vida em que já não ligo ao que as pessoas pensam sobre as minhas decisões. A minha vida sou eu que a vivo, sou eu que a faço. Não sou perfeita, ninguém o é. Eu erro, tu erras, todos nós erramos. "Somos feitos da massa do erro." Tento, a cada dia que passa, ser humilde, compreender o outro, ajudar o próximo, etc... Como já disse, não sou perfeita. E tal como toda a gente, também gosto de coisas estúpidas, tais como: passar na ponte, ir a sítios que me trazem boas memórias, andar de metro pela primeira vez, etc... Mas é com as coisas mais estúpidas que sou feliz, não o sei ser de outra forma, desculpem-me por isso.
 Gosto de escrever textos sobre o amor, seja ele de que tipo for. Adoro sonhar e viver pelo mundo da fantasia todos os dias, nem que seja por 5 minutos. Adoro imaginar histórias e pequenos episódios e que se dane o que os outros pensam. O mundo precisa de mais sonhadores e lutadores! Ladrões, falsos e corruptos já há cá muitos.
 Aprendi imenso com as desilusões do passado. Conheci pessoas que hoje me dizem pouco ou nada. Pessoas que me magoaram, mas eu se pudesse, não mudaria nada do que fiz por elas e para elas, pois, afinal de contas, tudo isso define quem eu sou, o tipo de pessoa que sou. Aprendi que não devemos entregar-nos totalmente a uma pessoa, nem nunca lhe devemos dar tudo o que temos. Porque no fim, é ela que nos tira tudo. Já dizia o ditado: "Aqueles que passam por nós nunca vão sós. Deixam um pouco de si, levam um pouco de nós." A pessoa acaba por levar a nossa confiança e a nossa alegria. Acaba por nos levar tudo aquilo que achamos que só teremos de volta se a tivermos ao nosso lado. O que não é, de todo, verdade. Ninguém precisa de ter ao seu lado quem não gosta de si. Não devemos, nunca, esquecer-nos de nós próprios apenas porque encontrámos uma pessoa.
 Ligo imenso a pequenas coisas, pequenos gestos. E sim, por ser assim já sofri imenso e reconheço isso. Mas todos nós fomos feitos para amar e amar significa sofrer. E que raio andamos aqui a fazer se não amarmos? Mas para não me magoar, aprendi a não esperar muito ou até mesmo não esperar nada em troca de ninguém. Aprendi que muitas pessoas nunca farão por mim aquilo que faço ou fiz por elas. Afinal de contas, nem todos têm um enorme coração como eu tenho. Aprendi a fazer as coisas sem criar expetativas sobre algo ou alguém. E se vir bem as coisas, sou muito mais feliz assim.
 Não consigo perceber como é que os sentimentos das pessoas se apagam assim da noite para o dia. Acho que nos dias de hoje, já ninguém sabe aceitar os defeitos dos outros e é por isso que as relações não duram, porque as pessoas desistem muito facilmente umas das outras. E não é só por causa dos desfeitos, mas isso é outro assunto que não me apetece discutir agora. Mas claramente que haverá sempre excepções, e ainda bem!
 A minha experiência a nível escolar e musical também me tem ajudado bastante a crescer. Errar tem-me feito mais forte. E quanto mais erro, mais vontade tenho de tentar e tentar até conseguir.
 Sou uma pessoa com objetivos definidos e sei bem o que quero. - A começar por ser feliz.- Não sou daquelas pessoas que vivem só por viver. Não, isso é absolutamente errado! A vida é para ser vivida com objetivos, para fazermos o que mais gostamos. É para ser vivida de forma intensa, porque de hoje para amanhã tudo pode acabar.


Mariana Rosário

(23/08/2015)

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