sábado, 22 de agosto de 2015

Escrever para quê?

 Para quê escrever? Para quê, quando há milhentas outras coisas para se fazer bem mais interessantes? Para quê gastar papel e caneta e horas do nosso tempo a escrever quando há todo um mundo lá fora à nossa espera e que pode acabar num segundo, já que a vida são dois dias.
 Para muitos, escrever é uma tremenda seca, mas para mim, não. E quando digo escrever, digo também ler. Mas lá está: para quê escrever coisas que se calhar ninguém vai ler? Pois digo-vos: Escrevo para desabafar quando mais ninguém me pode ouvir. Escrevo para comunicar. Escrevo para compreender o mundo quando nem as melhores explicações ou as mais altas filosofias conseguem explicar. Escrevo por mero passatempo. Escrevo porque é uma das coisas que me deixa feliz e estou-me bem a lixar para o que os outros pensam sobre isso. Escrevo ao som de uma boa música. Escrevo de manhã, à tarde, à noite, de madrugada, seja quando for, mas escrevo.
 Escrevo na varanda, no quarto, na esplanada de um café, à beira- rio, num jardim, seja onde for, mas escrevo.
 Escrevo mesmo que a tinta e o carvão estejam a acabar. Mas escrevo, até me cansar.

Mariana Rosário

(21/08/2015)

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