Matar saudades da escrita

 ✍️ Tenho andado um pouco ausente das minhas escritas. Até me faz mal, porque a escrita para mim é como a música, que por sua vez é igual a um elemento essencial à vida como o oxigénio ou a água. [Ok, profundo, mas sincero e genuíno.] Isto porque também ando ocupada academicamente e a nível flautístico. Por vezes gostaria de ter um pouco mais de tempo para outras coisas. Nunca fui uma pessoa 100% ligada apenas e só à música. Sempre me interessei por outras coisas, como acho que qualquer pessoa, mas sempre procurei inspiração e alento em outras coisas para as quais gostaria de dedicar mais tempo e atenção tanto ou quanto dedico à música e à flauta. Mas deixemo-nos de utopias porque não há mesmo tempo para tudo. Podemos dar um jeito aqui ou ali, mas a verdade é que não há, na minha opinião. (Lembro-me de ver um direto de um grande músico, o Gileno Santana, que dizia que nunca foi um músico 100% músico, que sempre teve uma paixão pela escrita e por outras coisas. Ficou-me cá gravado e identifiquei - me de imediato 😊)

✍️ Mas cá estou eu, a escrever durante uma viagem de autocarro. [Ui, viagens quantas...! Já lhe perdi o conto; talvez brevemente numa outra publicação.] A tentar matar esta saudade da escrita, de me sentar e debitar sobre as coisas, sendo que até acaba por ser nas viagens onde costumo cismar mais.

✍️ Devemos sempre ter um tempinho para nós, para o que nos faz felizes e para aquilo que nos completa 💙
Namaste 💙

"S"

 Sentimental é o nome deste filtro; não é que precisasse, mas gostei assim. E que coincidência ter ali aquele "S"; ou não, talvez estivesse escrito. Eu não acredito em  coincidências. E de facto, para estar ali, é porque tem alguma função que eu por acaso desconheço.

Aquele "S" também poderá significar muitas outras coisas, como... Sítios, saudades, sentimentos, setembro, sensações, sonhos, sol, sexta, sábado, entre muitas outras palavras que se prefixem com um "S".

Muito gosto eu de aliterações e de anáforas....

Outubro 2020

Poesia inspirada

 Sinto que tudo me foge por entre os dedos. 

O tempo, a vida, os momentos, as pessoas...

Até a poesia me foge.

Poesia inspirada 2: Adília Lopes, a minha companheira destes dias; um de cada vez.

 Quando for grande, quero ter uma casa com um escritório, com uma daquelas estantes até ao teto cheia de livros e partituras. É preciso tão pouco para se ser feliz.

E eu não sou grande fisicamente, mas sou grande de coração e sou grande de alma. E isso basta-me para me sentir completa porque sonho mais e amo mais.

Mariana Rosário 

Paz interior

 Não podemos decidir nem ligar à forma como os outros pensam de nós. Desde que façamos as coisas com o coração, o resto é conversa.

Estou em paz 💕

Uma carta a mim mesma, na 3ª pessoa

Tenho de cuidar de ti, dar-te colinho e um ombro amigo e seguro. Tenho porque te amo, tenho porque se eu te conhecesse não te deixaria escapar por nada deste mundo. Quer como amiga, quer como namorada, confidente, etc. Tens as tuas coisas, é verdade, mas és uma grande mulher e não deixas de o ser com todos os teus defeitos e as tuas qualidades. Por vezes és muito dura contigo mesma, mas olha para ti, olha para o que passaste, olha para o que tu aguentaste sozinha.

Certamente tiveste pessoas que te ajudaram, e tu própria procuraste ajuda nas mais ínfimas coisas, tu tentaste a todo o custo puxar-te para cima, fosse o que fosse preciso fazer. Tu demonstraste coragem, tu foste e foste bem!!

Tu conseguiste! E tu sabes, mais do que ninguém, que a jornada não é fácil e tu mesmo assim foste e continuaste, tu foste em frente. Tu cais, tu levantaste e cada vez que o fazes, vens mais forte do que nunca. Tu não podes desistir nunca daquilo em que acreditas, daquilo que tu és e daquilo que queres. Tu sabes bem, tu acreditas, bem lá no fundo do coração.

Mariana Rosário

🔔 Lembre-te 🔔

Um dia acordei, olhei-me ao espelho e pensei: é hoje!! Vou valorizar-me e dar-me a oportunidade de ser feliz como bem mereço! 

Nota: Ler este lembre-te todos os dias.

Fins de tarde

 Às vezes eu fico sentada no chão, de pernas cruzadas a admirar a vida, em silêncio. A ouvir os sons audíveis neste silêncio que nunca é total, a ouvir o silêncio ensurdecedor e ao mesmo tempo inaudível.

Gosto de colocar a minha música e ver os raios de sol a entrar pelos meus estoiros e agradecer por mais um dia.

Setembro | Um carta a mim mesma

 Setembro chegou mais uma vez e com ele trouxe as inseguranças e os medos. Trouxe também a ansiedade sobre o dia de amanhã o que a bem ver já existia, mas com toda esta pandemia - que se transformou num pandemónio - pior ficou.

Mas setembro é também uma renovação de desejos, uma renovação de nós mesmos e tempo de continuar a lutar por aquilo que queremos e de acreditar e meditar, meditar muito, Respirar ar puro e pedir para que os próximos dias sejam sempre iluminados com amor e alegria. Nada nem ninguém vale tanto como a nossa paz interior. Vamos com fé e esperança para o que aí vem. Apenas quero lugares e pessoas pacíficas. O maior tesouro da vida é a conquista da paz interior. 

Que os meus e os vossos dias sejam iluminados com amor

Namaste

Mariana Rosário 
Setembro 2020

"Coisas boas acontecem"

 Por vezes achamos que não merecemos certas coisas boas que nos acontecem, achamos sempre que é demais. E isso até é uma coisa boa, é sinal da existência da nossa humildade. Porém, também precisamos de saber aceitar que também merecemos positividade na nossa vida.

"Respira... Acredita!"

 Acalma o teu coração. Acredita. Amanhã é outro dia, vai dar tudo certo. O que for para ser teu vai chegar; mais tarde ou mais cedo.

Guarda no teu coração tudo o que amor que sentiste, todo esse puro e genuíno amor! Porque isso é tão bonito e nem toda a gente merece isso! Por isso, por favor, protege-te. Protege e guarda o que de mais genuíno tu possuis. Tu és forte e vais ver que um dia a vida vai ser realmente justa contigo.

Mariana Rosário

Reflexão dos 21: um aniversário coexistente com uma pandemia, em processo de desconfinamento gradual

Prólogo: Ora bolas, e eu que odeio números ímpares... Obrigada a todos os que deram um bocadinho de si para tornarem este dia ainda mais especial

Este foi um ano estranho e de uma forma igualmente atípica de comemorar mais uma volta ao sol...

(...)

O desconfinamento funciona um pouco como as nossas dores interiores. Ao voltar à normalidade, embora que não seja a 100% e nem pouco mais ou menos dita "normal" como sempre até agora, acabamos por quase nos "esquecer" ou talvez não nos "lembramos," e nem sequer por maldade, de que o vírus ainda existe, infelizmente. Portanto, quase que acabamos por varrer a situação para debaixo do tapete, porque com o desconfinamento gradual, andamos ocupados com o trabalho, estudos ou até mesmo já temos permissão para ir passear, com todas as medidas de segurança, claramente. E eu sou a favor de que, com todas as regras de segurança aplicadas, não podemos nem devemos deixar de viver, desde que tomemos todos e quaisquer cuidados, porque todos estes são poucos. Porém, esta foi uma comparação que me surgiu há uns dias numa reflexão de tudo isto: as nossas dores interiores funcionam quase que da mesma forma. No dia-a-dia, com o rebuliço e agitação da vida, acabamos por varrer essas dores, muitas das vezes não resolvidas, para debaixo do tapete, e quando caímos em nós... Sim, elas permanecem lá. O vírus não deixou de existir, embora o "varramos" para debaixo do tapete com o desconfinamento. Ele ainda cá está, mas não podemos deixar de viver, assim como não poderemos deixar que as nossas dores interiores nos consumam, precisamos de continuar a viver, mesmo que elas existam, ou façam por existir...

Não sei se isto faz o mínimo de lógica, mas na minha cabeça faz sentido.

Feliz pelos 21

Sejam felizes

Mariana Rosário (04/08/2020)

Ler...

 Ler é muito mais que conhecer e ficar a saber uma história. É imaginá-la na nossa cabeça, criá-la, construir personagens e cenários como quisermos, da maneira que quisermos. É sonhar, partir para outro mundo e desligar por um segundo. Triste é saber que vou morrer sem ler todos os livros que quero. E é muito triste toda esta tristeza... Nos livros posso sonhar com a realidade que não tenho...

Os livros ajudam-nos sempre de alguma forma.

Os livros permitem-nos sonhar.. e ainda bem!!!

Para pensar...

Ao longo da nossa vida, passamos por alterações, melhorias e remendos. E esses reparos, fazem desta construção bonita (ou não), com todas as imperfeições que nos definem a cada um de nós.

A maquilhagem foi uma das coisas pelas quais me tenho debruçado nos últimos tempos (mais conhecidos por 'quarentena'). Isto porque era algo que desde há muito me tinha despertado atenção, mas principalmente porque a vida me 'obrigou' a olhar mais por mim, a cuidar mais de mim, a dar-me colo a mim mesma; para depois conseguir também estar bem com os outros à minha volta e conseguir fazer as minhas coisas a nível académico. E, de facto, transformei-me e renovei-me, como uma borboleta a sair do casulo, mas não deixei de ser eu, com ou sem maquilhagem. 

Esta "(...) é apenas um ligeiro sinal, mas eu sei que a transformação ocorreu mesmo."

Desconfinando...

Desde que o desconfinamento- controlado, claramente - começou, que ando a tirar ainda mais fotos a todos os cantinhos que gosto e que de certa forma me identifico.

Parece que quando temos nunca damos valor, mas quando nos tiram é que sentimos a dor da perda. Modéstia à parte e contra mim falo, porque acho que não sou assim ou pelo menos faço por não ser. Tenta dar valor ao que tenho e quero quero continuar a ter. 

Será que...?

Será que podemos fugir ao que realmente sentimos?

Será que podemos e devemos fugir ao destino? 

Espero bem que sim...

Será que podemos realmente passar por cima do implacável?

Que embora não palpável, existe. Será que podemos?

Será que sim? Espero bem que sim, porém não sei se é realmente possível...

Será que conseguimos esconder a realidade ou até mesmo "passar" por cima dela? 

É uma questão que me tem realmente ocupado os dias...

Mariana Rosário

Junho 2018

Reflexões dos últimos dias

O chegar casa já não tem o mesmo sabor. Fazer as malas e vir para casa já não existe. Acabar o semestre significa deitar-me no chão ou sentada encostada à cama, - conforme o mood - e contemplar o branco do teto, contemplar o nada, o vazio, que no fundo se enche de tudo ❤ assim têm sido os dias...

Mariana Rosário 

Junho 2020

Sobre este semestre...

Bem sei que nada serei

Que o mundo jamais conquistarei.

O que eu sei é o que fui e sou

Digam o que disserem

Estou feliz por aquilo que me dou.

Todo o esforço outrora recompensado será

Estou feliz por aquilo que atingi

E isso ninguém me tirará.

Não somos o que os outros fazem de nós

Mas sim o que nós mesmos fazemos de nós.

Mariana Rosário

Junho 2020

Reflexões...

Acredito que tudo na vida são fases; Quer boas, quer más. Às vezes, quando tenho os meus dias maus, sinto que sou um calhau - tal e qual aquele que o Sísifo carrega consigo - gostava de ter o poder de olhar para mim mesma com outros olhos, na terceira pessoa, e fazer-lhe não desistir, nem hoje nem nunca. A vida é uma caminhada longa até ao sucesso, bem como "Roma não se fez num dia." Dir-lhe-ia para ela olhar para a sua caminhada, para esperar coisas boas como o resultado do seu árduo trabalho e as coisas más como pequenos obstáculos todos eles ultrapassados com sucesso. Tudo o que lhe fez mal, originou duas grandes coisas boas: Abriu-lhe os olhos e deixou-a mais forte, e é somente nisso que ela tem que agarrar com unhas e dentes. Dir-lhe-ia sempre para não desistir porque ela consegue, ela tem a garra de uma leoa, exatamente como ela é.

Muito embora o futuro pareça escuro e sem luz à vista, gostava de lhe conseguir fazer acreditar que ela é uma lutadora, persistente, trabalhadora e apaixonada. E este caminho é para os persistentes, para os que lutam por aquilo que querem todos os dias, todos os momentos. Não desistas, linda 💗 O amanhã vai ser sempre melhor! Continua com as tuas rotinas de meditação, estuda, relaxa, diverte-te, apaixona-te e descansa. Vai tudo dar certo no momento certo. Coragem e nada de medos 👊

Mariana Rosário 

Maio 2020

Versos deambulantes (4)

É sábado à noite e eu deambulo 

Cabe em mim uma enorme vontade de viajar,

Explorar e descobrir e um enorme pulo dar.

Amanhã realizo um sonho

E como uma criança me sinto.

Porém, só irei acreditar

quando lá chegar.

Mariana Rosário 

(22/02/2020)

Coisas que não te posso dizer: 23

Rascunhos da meia-noite

Olho para ti noite e dia. 

Às vezes o amor não é suficiente. Às vezes o amor não é o suficiente. Mais tarde ou mais cedo, acabaremos por chegar aos braços certos, dê lá por onde der. Tenho a certeza que nunca vou deixar de te amar, mas não vou morrer por ti. Já houve tanta coisa que me abalou e olha, estou aqui. Não serás tu quem me irá derrubar.

Hoje, aqui no Porto, da minha janela consigo ver o céu. Está um pouco nublado, mas ainda assim não deixa de me inspirar a relembrar-te e a escrever este pequeno rascunho que não passará disso mesmo. 

Tenho que ir dormir porque amanhã não deixa de ser outro dia, sendo a realidade sempre a mesma. E ainda nem acredito que aqui estou... !! Parece uma utopia...

Mariana Rosário

fevereiro 2020

Versos deambulantes (3)

E lá vai ela
Trilhando o seu caminho.
Um passo de cada vez,
Com o mundo a seus pés.


Mariana Rosário
fevereiro 2020

Versos deambulantes (2)

Dei-te as estrelas e um teto
Tiraste-me o chão e a casa desabou.
Continuo a escrever porque tudo o tempo levou.


Mariana Rosário
fevereiro 2020

Versos deambulantes (1)

Vou deixar que o vento leve toda a poeira
Toda a brisa que consigo vá.

Vou deixar que o vento tudo leve e nada me deixe.
E que leve tudo o que de mau houver,
Todo o que de mau em mim não couber.

Eu escrevo, escrevo, mas o vazio não sai
Pelo contrário, permanece e perdura e não vai.
Não tem dó nem piedade de mim
Querendo-me matar todos os dias, uma dor sem fim.


Mariana Rosário
fevereiro 2020

Pequenas narrativas: 3

Uma pessoa não se pode entregar assim à desgraça que é a vida. Há que saber bater o pé e gozar com ela, com as partidas que ela nos prega.