sábado, 22 de fevereiro de 2020

Versos deambulantes (1)

Vou deixar que o vento leve toda a poeira
Toda a brisa que consigo vá.

Vou deixar que o vento tudo leve e nada me deixe.
E que leve tudo o que de mau houver,
Todo o que de mau em mim não couber.

Eu escrevo, escrevo, mas o vazio não sai
Pelo contrário, permanece e perdura e não vai.
Não tem dó nem piedade de mim
Querendo-me matar todos os dias, uma dor sem fim.


Mariana Rosário
fevereiro 2020

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