Desta vez foste tu que te sentaste ao meu colo e não eu no teu. Desta vez foste tu que estavas mal e não eu. Desta vez invertemos os papéis. Não que eu esteja sempre mal, mas desta vez eras tu que estavas a precisar de mim, do meu colo, do meu carinho.
Estavas mesmo triste com o que se andava a passar. Acho que não me lembro de alguma vez te ter visto assim tão em baixo. Sabes que sempre te vi (e conheci) como uma pessoa alegre, bem-disposta e feliz. Por vezes, um pouco irritado, mas sempre a rir. Mas é claro que a tristeza bate à porta de todos nós, de vez em quando.
Queria tanto poder ajudar-te, poder fazer alguma coisa por ti. Sentia-me tão inválida por te ver sem forças e não poder fazer alguma coisa para te ver bem.
Foi então que percebi que te abraçar, estar contigo ali, naquele momento, era o melhor que eu podia fazer. Foste tu próprio que me pediste para que não dissesse nada. Apenas que te abraçasse bem forte e que nunca mais te largasse. -Ah! Como um simples abraço pode mudar tanta coisa... A começar por um estado de espírito-. E assim foi.
Mariana Rosário
(13/09/2015)
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