quinta-feira, 17 de setembro de 2015

Carta de despedida...


Lisboa, 16 de Setembro 2015

Querido amor meu que vais partir,
  

  Olá! Gostava que lesses isto a tempo, ou seja, que lesses isto antes de partires. Não sei se será possível senão, mas ao menos tentei.
   Já não estás aqui, mas tens e terás sempre um lugar especial no meu coração. Mesmo apesar de tudo, e, se me conheceres minimamente, sabes que poderás sempre contar comigo.
   Sabias que as saudades "atacam"? Pois ficas a saber disso agora. De agora em diante, os dias vão ser cinzentos, pretos e brancos. Já não vão ter aquela cor especial que lhes davas. Eu já não vou ter o mesmo sorriso e se tiver é porque me contaram alguma piada gira. Já não te vejo há uns meses e estou cheia de saudades! Parece pouco tempo desde a última vez que estivemos juntos, mas para mim é uma eternidade. E agora tu perguntas: Porquê? Aqui tens a tua resposta: porque tenho medo de ter perder de um momento para o outro; porque tenho medo que tudo corra mal e que o avião faça "catra pum" e lá vás tu. Tenho medo que algo de mal te aconteça porque mesmo apesar de tudo quero que te corra tudo bem e que dês sempre o teu melhor. Espero que chegues e que respires o ar puro desse destino para onde vais e que passeies muito e que te divirtas.
  A tua amizade vale imenso para mim, gosto de ti.
  Mas e agora?! Com quem é que vou poder partilhar conversas queridas? Com quem é que vou poder trocar abraços? Com quem é que vou poder partilhar os meus segredos?
  Gostava que ficasses cá para os dias ficarem outra vez com aquela cor e alegria que só tu lhes sabias dar. Mas eu percebo o teu lado. Não te posso obrigar a ficar... Espero que te divirtas. 
  Dá noticias, por favor.

Um beijinho,

A tua querida

quarta-feira, 16 de setembro de 2015

Pensamentos vagos- parte 4

 Desta vez foste tu que te sentaste ao meu colo e não eu no teu. Desta vez foste tu que estavas mal e não eu. Desta vez invertemos os papéis. Não que eu esteja sempre mal, mas desta vez eras tu que estavas a precisar de mim, do meu colo, do meu carinho.
 Estavas mesmo triste com o que se andava a passar. Acho que não me lembro de alguma vez te ter visto assim tão em baixo. Sabes que sempre te vi (e conheci) como uma pessoa alegre, bem-disposta e feliz. Por vezes, um pouco irritado, mas sempre a rir. Mas é claro que a tristeza bate à porta de todos nós, de vez em quando.
 Queria tanto poder ajudar-te, poder fazer alguma coisa por ti. Sentia-me tão inválida por te ver sem forças e não poder fazer alguma coisa para te ver bem.
 Foi então que percebi que te abraçar, estar contigo ali, naquele momento, era o melhor que eu podia fazer. Foste tu próprio que me pediste para que não dissesse nada. Apenas que te abraçasse bem forte e que nunca mais te largasse. -Ah! Como um simples abraço pode mudar tanta coisa... A começar por um estado de espírito-. E assim foi.

Mariana Rosário

(13/09/2015)

quinta-feira, 10 de setembro de 2015

Gostava que estivesses aqui...

 Gostava que estivesses aqui para me apoiar. Gostava que estivesses aqui para me dizeres as palavras certas nos momentos certos.
 Gostava que estivesses presente para aqueles momentos de gargalhada até a barriga doer. Gostava que estivesses aqui nos dias em que não se sabendo porquê, rimos e rimos até mais não.


 Escrevo-te no escuro -com o pouco de luz que ainda resta do dia. (Mais um sem ti)-, pois a luz do candeeiro transmite uma cor demasiado clara e feliz, digamos assim. O que não combina de todo, com a minha alma.


 Gostava que estivesses aqui para eu própria te poder apoiar quando mais precisares. Gostava que estivesses aqui para chorar contigo as tuas mágoas e rir contigo as mais estúpidas piadas que dissesses.
 Gostava que estivesses aqui para tudo. Para o choro, para o riso. Para o bom, para o mau. Para o melhor e para o pior. Para o agora e para o depois. Para o verão e para o inverno, incluindo já a primavera e outono. Para hoje, amanhã e sempre. Para tudo e mais alguma coisa.


Mariana Rosário

(07/09/2015)

terça-feira, 8 de setembro de 2015

Foste embora...

 Foste embora e contigo levaste a minha alma. Foste embora e contigo levaste o teu perfume, o teu cheiro, a tua presença. Foste embora e contigo foram-se todos os planos algum dia desejados.
 Foste embora e contigo foram-se todos os momentos, todas as memórias. Foste embora e contigo foram, também, todos os toques, todos os beijos, todos os abraços, todos os segredos segredados ao ouvido a meio da noite. Foste embora e contigo foi-se até a mais simples coisas que nos unia -o amor-.
 Foste embora e contigo não foram as nossas fotos, a nossa vida. Foste embora e para trás ficaram memórias de momentos vividos, dias passados, sonhos realizados. Foste embora e comigo ficaram as recordações.
 Foste embora e contigo levaste todo um futuro que já não vai existir. Levaste todos os projetos de vida, todos os desejos. Todas as promessas, todas as frases, todas as palavras... tudo isso foi contigo. Não me deixaste ficar com nada, muito menos contigo, que era o que eu mais queria. 
 Foste embora e contigo levaste tudo.

Mariana Rosário

(07/09/2015)

segunda-feira, 7 de setembro de 2015

Alguém...

 Já senti falta de "alguém", mas nunca lho disse. Já tive muitas saudades de "alguém", mas nunca tive nem um bocadinho de coragem para lhe dizer. Já quis, enumeras vezes, ir ter com "alguém", mas nunca o fiz porque não sei por onde procurar. Sou bem capaz de sair pela porta a fora, mas olho à minha volta e não sei para que lado ir.
 Já quis dizer a "alguém" tudo o que sinto, tudo o que me vai na alma, mas nunca o consegui fazer. Talvez porque tento não pensar no assunto, tento não pensar que não tenho esse "alguém" comigo. O problema das pessoas é que se apegam umas às outras e depois quando alguém decide partir, está tudo tramado. Para não dizer mesmo "lixado".
 Já tive vontade de pegar nesse "alguém" e de nos enfiarmos num avião sem destino predefinido.
Tenho, a cada dia que passa, necessidade desse "alguém". Quero esse "alguém" perto de mim, preciso de o sentir.
 É tão bom, esse "alguém"... E nunca mais vem...

Mariana Rosário

(3/09/2015)

domingo, 6 de setembro de 2015

Dá-me um abraço

 Um dia, se te poder abraçar, vou apertar-te tanto que me vais sentir os ossos e eu os teus. Vou sentir-me segura nos teus braços, assim como te vou fazer sentir bem nos meus. Nesse abraço, vamos dar voltas ao mundo. Sonhar, lutar, realizar.
 Um dia, se te poder abraçar, vou apertar-te tanto que te vais esquecer que existe toda uma vida para viver. Juntos vamos até à lua e até onde quisermos. Não haverá limite.
 Um dia, se te poder abraçar, vou apertar-te tanto que me vou sentir no maior porto seguro do mundo. Poderia dizer-te que te vais sentir bem nesse abraço, mas não. Eu é que me vou sentir tão bem tão bem que -e perdoa-me se isto soa a egoísmo- me vou sentir completa. Não vou precisar de mais nada porque é assim mesmo que me sinto quando estou contigo- completa.

 Será que algum dia me vais deixar sentir a calma do teu abraço?

Mariana Rosário

(3/9/15)

quarta-feira, 2 de setembro de 2015

As pessoas vão-se...

As pessoas vão-se embora da nossa vida porque já não gostam de nós, ou porque se fartam, ou por e simplesmente afastam-se pensando que isso não nos afecta. Mas o problema é que as memórias ficam para sempre.
 Seja muito ou pouco o mal ou o bem que as pessoas nos façam, acabamos sempre por perdê-las. Mas se gostarmos realmente delas, nunca as esquecemos. Apenas aprendemos a viver a nossa vida sem ter aquela “rotina” de estar e/ou falar com elas. E para aprendermos isso há que ter muita força de vontade. Ainda para mais quando o nome dessas pessoas nos persegue ou então quando quase tudo o que vimos nos faz lembrá-las.
 Eu já vou tarde, mas estou finalmente a aprender. Nada acontece por acaso, tudo tem uma razão, uma lógica de ser. Mas não adianta questionarmo-nos sobre o porquê das coisas terem seguido um caminho e não outro, que é como quem diz “o caminho que nós gastávamos que seguisse”.  As  coisas nem sempre são como nós queremos. A bem ou a mal, temos que aceitar isso!
 A vida é feita de escolhas, mas também de experiências. A amizade, o namoro ou o casamento que hoje não resultou, amanhã será uma experiência.
Sejam felizes!


Mariana Rosário

(25/07/2013)