27 de março de 2018
#1ano
Seria estranho pensar que tudo seria diferente desta vez, que agora iria dar certo. Seria estranho achar que agora era mesmo real, era mesmo algo "palpável", algo onde me pudesse mesmo agarrar. E sim, de facto eu agarrei-me àquilo que sinto, aos meus valores, àquilo que sou, e, acima de tudo, ao meu coração - àquilo que ele me dizia para fazer -. Não me arrependo de nada, e, se o tempo voltasse para trás, eu faria tudo tal como fiz: lutar, confessar, declarar, mostrar que és e serás importante para mim e que nada é só porque sim.
Sei que o tempo não volta atrás e o que está feito, feito está. Não me arrependo e tenho pena de não te poder dar mais. Sei que tu sabes que gosto mesmo muito de ti, da forma mais pura e genuína que se pode gostar de alguém; Da forma mais verdadeira e simples que alguma vez gostei de alguém.
O mundo gira e há um ano atrás tudo mudou, tudo começou (achava eu) a fazer sentido. Um sorriso, um olhar, uma mensagem, uma conversa, um gesto, uma carinha envergonhada e mais vermelha que um tomate. Uma sensação estranhamente boa invadiu-me o peito quando deitei cá para fora tudo o que sinto por ti. Confesso que já não suportava mais este "peso" dentro de mim, só queria poder partilhá-lo contigo e saber se sentias o mesmo que eu, se o teu coração batia pelo mesmo motivo que o meu. Naquele dia mostraste-me o teu melhor sorriso, o teu mais sincero, bonito e genuíno sorriso - aquele que só tu tens, aquele que mostras a pouca gente, aquele que fazes quando me vês. Aquele sorriso que me deixa estupidamente feliz e sem jeito; Algo que tu tens dentro de ti que me deixa assim, sem palavras-.
Quero acreditar que tudo isto e muito mais não foi só porque sim, mas a verdade é que infelizmente não és meu, nunca foste nem irás ser, muito provavelmente. Amar também é isso: deixar a outra pessoa ir. "Já dei tempo ao tempo, mas o tempo não passou", e já me afastei vezes e vezes sem conta, mas "cada vez que eu fujo, eu me aproximo mais". Sim, um par de frases feitas, mas é isto. Eu não te quero perder, mesmo sabendo que não és nem nunca foste meu. Não quero desistir de ti, quero lutar por ti, quero mesmo muito, juro!!! Mas não sei se tenho forças... Depois de tudo, é complicado voltar a tê-las. Por isso te escrevo, para que possa ficar em paz comigo mesma, para que possa tirar cá de dentro tudo o que gostaria de te poder dizer, para que consiga ter força para sobreviver a mais um dia sem ti, sem a tua presença, sem o teu cheiro.
Ao fim deste tempo todo e mesmo depois de tudo, ainda penso em ti, ainda tenho esperança de que possamos voltar a falar como fazíamos antigamente... eu só peço isso, mais nada.
Quero saber o que sou eu para ti, o que significo para ti. O que sentes ou pensas quando ouves o meu nome, o que te passa pela cabeça quando me vês - porque o que tu sentes eu vejo muito bem -. Quero saber porquê toda essa inquietação, todo esse nervosismo, toda essa vergonha quando me vês. Porquê o sorrisinho lindo e discreto e o baixar a cara para não teres que me encarar? Porque raio não me dizes? Porquê tudo isto quando só te quero apenas dizer um " olá, tudo bem?". E eu odeio que me façam de parva quando a verdade está à minha frente. Custa muito admitir? Afinal o que sou eu para ti???
Eu sei que no fundo do teu coraçãozinho tu sabes bem que te adoro e que tenho muito orgulho em ti e na pessoa que tu és, embora ainda não passe totalmente cá para fora tal como já vi, tal como me apaixonei por ti.
Ainda permaneces por cá e eu não quero mais ninguém. Bem sei que às vezes só o amor não basta... Às vezes a vida também faz das suas e prega-nos partidas quando menos estamos à espera.
Sabes que te adoro e que se aqui estivesses já terias levado um abraço bem apertado e um beijinho bom nessa carinha e nessa boquinha larócas.
Foste o Amor da minha vida, o meu Pequeno grande amor da minha vida.
Mariana Rosário
(27/03/2019)
Sem comentários:
Enviar um comentário