terça-feira, 25 de junho de 2019

Ensaio sobre meditação

O caminho para a felicidade


Quando fecho os olhos para meditar vejo sempre uma tela branca cheia de nada, um vazio por preencher. A ideia é exatamente essa, não pensar em nada, mas aos poucos vou imaginando várias coisas que vão preenchendo precisamente essa mesma tela. Aquilo que mais me vem à cabeça são precisamente as coisas mais simples e bonitas, aquelas que me fazem verdadeiramente feliz. Não são aquelas coisas supérfluas que compramos ou aquelas que tanto ambicionamos ter ou até mesmo forçar o amor de alguém que não nos quer dar. Não. 

Passa sobretudo pela companhia de um amigo, ter alguém a quem possamos recorrer quando algo corre mal ou quando é para festejar. Um dia de sol, uma paisagem verde, e, se possível, alentejana, é tudo tão rico e simples por si só.

Liberto todos os pensamentos negativos e tóxicos que tenho dentro de mim, Tudo aquilo que me faz mal eu jogo no lixo e não quero mais saber, não quero mais que isso me prejudique. Coloco uma música calma e deixo-me relaxar por completo.


Mariana Rosário

(29/05/2019)


domingo, 23 de junho de 2019

Coisas que não te posso dizer: 22

Esta foi mais uma daquelas noites em claro. Parece estúpido, eu sei, mas ainda vejo quando estás online. Reparei que estiveste online de madrugada... Será que estavas a pensar em mim como eu em ti? Será que ainda te lembras de mim?

Gosto do abismo. Se gostasse de coisas fáceis, com bom feitio, banal, comum, nunca te amaria nem nunca insistiria tanto contigo. Se fosses como os outros, se fosses igual a eles, se fosses apenas mais um, eu não te queria assim tanto. Mas se estás bem sem mim, (vou fingir que) eu também estou bem sem ti. Vou tentar não sentir a dor todos os dias. É lixado, mas olha, é a vida.

Talvez seja ridículo escrever-te ou dizer-te o que quer que seja, fazer o que quer que seja por ti e para ti. Já não perco nada, é verdade, mas também não ganho muito; Aliás, quem perde mais és tu. Mas enfim, reflexões minhas...

Pergunto-me se ainda tens todas as fotos e todas as cartas e mensagens que te escrevi. Será que ainda relês todas as nossas mensagens, tudo aquilo que me disseste sem pensar, com toda a frieza do mundo? Será que pensas em mim quando ouves o meu nome na rua? Será que algum dia vais sentir a minha falta? Será que algum dia me irás procurar e eu já não estarei por cá? Tantas e muitas outras questões que a vida e os seus contratempos nunca me deixarão saber a verdade. E a verdade... essa era só a única coisa que eu queria, independentemente do seu conteúdo.


Mariana Rosário

(29/5/2019)