domingo, 11 de junho de 2017

Silêncio.

E tudo acabou ali. Com um silêncio. Um silêncio que corrói nas veias, que se quer exprimir. Um silêncio barulhento que se quer soltar e dizer tudo o que pensa. Um silêncio irrequieto e apaixonado. Um silêncio incontrolável que não sabe mais estar calado. 
 Um silêncio que quer dizer tudo de uma vez por todas, mas que não pode. Um silêncio que tem de se controlar.
Um silêncio que terá que permanecer intacto, sem nada dizer e sem nada poder ver nem ouvir. 

(10/06/2017)

domingo, 26 de março de 2017

(...)

Era suposto eu aguentar isto. Ser forte todos os dias e conseguir lidar sempre com a tua presença. Era suposto eu saber como ultrapassar isto e saber tratar-te como um amigo mesmo sendo tu muito mais que isso.
Às vezes é difícil aguentar isto todos os dias. É difícil aguentar firme e não te poder ter nos meus braços. E por mais que eu diga que tu não me mereces, que tu não vales a pena e que tu isto e que tu aquilo, a verdade é que és tu. Foste tu, és tu, e, por enquanto, serás sempre tu.
 E mesmo apesar do meu orgulho e racionalidade, és tu. E tudo isto porque minto a mim mesma quando digo que já não te amo;
Porque minto a mim mesma quando digo que já não te quero;
Porque minto a mesma quando digo que já não és tu quem eu penso todas as noites antes de adormecer;
Porque minto a mim mesma quando digo que já não és tu quem eu quero na minha vida.
Amo-te.

(15/03/2017)